Primeira participação da ONG na conferência da ONU foi marcada por forte atuação nas agendas de transição justa.
A COP30 termina oficialmente hoje, sexta-feira, 21 de novembro, e a Revolusolar esteve atuando ativamente de mesas que buscaram levar aos debates como populações em situação de vulnerabilidade (mulheres, pessoas negras, de favelas, periferias, comunidades quilombolas, extrativistas, indígenas, rurais e ribeirinhas) que estão entre as mais impactadas pelos efeitos da crise climática e pelas desigualdades históricas na distribuição de infraestrutura, saneamento, energia e direitos são diretamente impactadas pelas mudanças climáticas. Tanto nos eventos oficiais quanto nos paralelos os representantes da Revolusolar buscaram demonstrar como as soluções que a organização têm desenvolvido, focadas em energias renováveis para populações de baixa renda, poderiam contribuir para uma transição energética justa e inclusiva, que gere oportunidades para aqueles que mais precisam.
A comitiva contou com as presenças de Graziella Albuquerque (Diretora de Relações Institucionais e Governamentais); Adriano Paraíso (Diretor de Pessoas e Comunidades); Sara Hins (Líder de Projetos); e Dinei Medina (Presidente da Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis e Assessor de Mobilização da Revolusolar).
As mesas que a organização participou abordaram temas como “Acesso à energia na América Latina: ampliando soluções inclusivas e justas”; atuando ainda em debates como "Destravando o financiamento comunitário para a energia limpa e pequenas empresas verdes nos mercados emergentes”; e “Inovações do Brasil para o Acesso Universal à Energia”.
Além dos debates, ao longo do encontro pelo clima, a Revolusolar esteve lado a lado com indígenas, quilombolas, extrativistas, mulheres negras, periféricos e extrativistas que ecoaram um pedido firme e inegociável: Estar no centro das decisões da COP30. O contraste entre essas vozes potentes e a dura realidade retratada na Green Zone onde viram indígenas espalhados pelo chão do pavilhão expôs de forma dolorosa a desigualdade que ainda estrutura esses espaços. Foi um lembrete urgente de por que estavam ali e de tudo o que ainda precisa mudar.
“No ano em que a Revolusolar completa 10 anos de vida, tem sido um verdadeiro presente participar da nossa primeira COP. Vivemos momentos marcantes da marcha das Porongas à projeção realizada pelos nossos parceiros nas árvores do centro de Belém, passando pela presença em painéis fundamentais sobre transição energética. Tudo isso reafirma que estamos no caminho certo, alinhados com a construção de uma transição verdadeiramente justa. A emergência climática não é uma opinião: é um chamado urgente que exige nossa atenção agora”, aponta Adriano Paraíso.
“Gostaria de ressaltar a grande importância de uma ONG como a Revolusolar que trabalha diretamente com impacto social em favelas, comunidades tradicionais, rurais, quilombolas e ribeirinhas estar participando de uma COP no Brasil, em Belém do Pará. A participação da Revolusolar é ainda mais significativa por trazer uma equipe diversa e isso permite apresentar o trabalho de forma legítima, participar de painéis e espaços de diálogo, e reforçar que é possível, sim, construir um caminho para uma transição energética justa, inclusiva e popular”, aponta Sara Hins.
Para a líder de Projetos, um dos principais momentos dessa participação também foi a Caminhada dos Porongas: “Estar presente nessa caminhada histórica, ao lado de povos e comunidades que são guardiões da floresta e da vida, reforça o compromisso da Revolusolar com uma transição energética que respeita os territórios e coloca a justiça climática no centro”, relembra.
Sara também aponta que outro ponto fundamental foi a Marcha Global pelo Clima: “Depois de duas COPs realizadas em países com forte repressão a manifestações e protestos, ver mais de 70 mil pessoas nas ruas de Belém reafirmando que continuaremos resistindo e lutando pelo direito de todos os povos, foi um marco poderoso. A marcha demonstra que a sociedade civil segue ativa, mobilizada e comprometida com um futuro climático justo.
“Diante dessa experiência, reforço que a Revolusolar irá manter e fortalecer, em sua matriz de responsabilidades, o compromisso de respeitar e ouvir com atenção os atores e atrizes territoriais. Não há construção, muito menos transição energética, sem que as pessoas dos territórios se sintam, de fato, ouvidas e consideradas no centro dos processos”, finaliza Adriano Paraíso, Diretor de Pessoas e Comunidades.



