Foi na favela da Babilônia, no Rio de Janeiro, que a Revolusolar surgiu em 2015, a partir do desejo coletivo de construir soluções sustentáveis a partir do próprio território. A iniciativa cresceu junto com a comunidade e logo chegou à vizinha Chapéu Mangueira. As primeiras instalações aconteceram em empreendimentos locais e, já em 2018, moradores capacitados passaram a atuar como instaladores de energia solar, levando essa tecnologia para espaços comunitários como a Escolinha Tia Percilia. O trabalho se fortaleceu com a criação da Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis, a primeira cooperativa de energia solar em uma favela no Brasil, consolidando a vocação da Babilônia e do Chapéu Mangueira como territórios pioneiros da energia solar popular no país.
Com painéis solares instalados em pontos estratégicos da comunidade — como a quadra esportiva, a Associação de Moradores e escolas públicas — a cooperativa passou a fornecer energia limpa e mais barata para dezenas de famílias locais. Em 2023, novos painéis foram instalados, ampliando o número de beneficiários. Esse projeto é um marco para o Rio de Janeiro e um modelo inspirador para o avanço da justiça energética em favelas e periferias de todo o país.
O acesso à energia de qualidade ainda é um desafio para muitas comunidades. Nosso mais recente Diagnóstico Energético revela a realidade dos moradores da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Rio de Janeiro, destacando dificuldades, percepções e oportunidades para uma transição energética mais justa e sustentável.
Principais descobertas:
✅ 39, 7% dos moradores avaliam o serviço da distribuidora como “regular”.
✅ 40,4% relataram oscilações frequentes de energia.
✅ 53,3% já perderam eletrodomésticos por falhas na rede.
✅ 98% conhecem a energia solar e 45,2% migrariam para reduzir custos.